6 motivos para apostar na virtualização
1 de abril de 2012Serpro – Seminário de Soluções de Tecnologia da Informação
1 de junho de 2012Os menores custos, a flexibilidade para expandir a infraestrutura de TI, melhorias na segurança do armazenamento de dados e a facilidade de poder acessar as aplicações corporativas remotamente têm impulsionado até as empresas mais conservadoras a migrar suas aplicações para a nuvem.
A expansão desta tecnologia atinge diretamente as empresas brasileiras. No nosso continente, 39% das companhias possuem aplicativos hospedados na nuvem, ao passo que nos Estados Unidos esse número é de 19%, e na Europa, 12% das empresas, de acordo com a análise da Tata Consultancy.
Apesar das inúmeras vantagens de ir para a nuvem, o processo de migração pode ser difícil e, se não planejado adequadamente, traumático. Veja abaixo oito dicas antes para ajudar a migrar as aplicações corporativas para a nuvem sem colocar em risco os serviços de TI de sua empresa:
1 – Defina o que vai para a nuvem e o que não migra – De acordo com Marcelo Rezende, diretor da empresa Promisys, a necessidade de cada empresa estabelecerá o que é importante migrar primeiro. Em companhias onde os funcionários atuam a maior parte do tempo fora do escritório, compartilhar os documentos na nuvem, ou até mesmo o software que registra vendas ou andamento de projetos, pode ser prioritário, recomenda o especialista.
De acordo com Rezende, há casos de colaboradores “em campo” que ainda hoje precisam enviar os pedidos para o escritório e fazem esta tarefa por aparelho de fax. “Para esta situação, uma simples aplicação na nuvem, eventualmente integrada ao ERP do escritório (Sistema Integrado de Gestão Empresarial, em inglês), seria de grande ajuda, pois garantiria mais segurança, rapidez, além de reduzir a margem e erro ao evitar digitar novamente cada um dos itens”, diz.
2 – Compartilhe o projeto de TI com os funcionários – Mudanças que envolvem os usuários são as mais críticas para qualquer projeto de TI, pois a rejeição quase sempre é imediata, diz Rezende.
“Quando falamos de portar para nuvem, algo que para a maioria ainda é uma tecnologia nova, a resistência pode ser maior”, comenta o especialista. Para Rezende, o melhor a fazer é estimular a participação dos colaboradores desde o inicio do projeto até sua implantação, mostrando sempre os benefícios e vantagens da mudança.
Uma das barreiras para a excelência na adoção de novas tecnologias é a cultura do “método que sempre funcionou”, ou seja, os funcionários acham que se o sistema antigo funcionava, não precisa ser alterado. O especialista diz que as pessoas se sentem inseguras em um ambiente de mudanças e temem o incerto. Por isso, é preciso engajá-las.
Para minimizar as incertezas entre os funcionários, Rezende diz que o sucesso está em tornar o projeto participativo e esclarecer as possíveis dúvidas.
3 – Busque referências e pesquise a qualidade da empresa que oferece o serviço – Verifique se a companhia que fará a migração para sua empresa fornece um ambiente de testes antes de assinar o contrato. “Este item é realmente importante e o teste poderá mostrar o desempenho da aplicação e a aceitação dos usuários”, afirma Rezende.
De acordo com o especialista, além de testar o serviço, consulte o histórico do fornecedor. “Não é recomendável entregar os dados para qualquer empresa que surgiu do dia para a noite”, diz.
As consultas podem ser feitas por meio da internet. “Se a empresa que desenvolve a solução teve problemas com projetos anteriores, isso estará na web”, comenta.
Rezende diz que também é válido ler os casos de sucesso e de fracasso, conversar com consultores que não estejam relacionados com a empresa fornecedora e saber quem são os parceiros que oferecem a hospedagem da aplicação e, da mesma forma, buscar referências na internet.
4 – Verifique os “Acordos de Nível de Serviço” do prestador de serviço – O especialista recomenda checar se o fornecedor de solução web garante em contrato uma disponibilidade superior a 90% da sua aplicação.
“O ideal é escolher bem a companhia que fornecerá o serviço, planejar a migração, operar em teste e se cercar de todos os acordos de nível de serviço e contratos”, afirma Rezende. “Acordo de nível de serviço” é uma expressão comum em TI (SLA, em inglês) que determina prazos para o fornecedor corrigir falhas, taxas limite para indisponibilidade do sistema e multas em caso de descumprimento delas.
Segundo o especialista, a disponibilidade da aplicação aos seus clientes não chega a ser ponto de discussão quando o projeto envolve boas empresas fornecedoras de soluções baseadas em cloud computing. “É mais provável o cliente fique sem acesso por causa de um problema técnico em sua empresa do que a mesma situação ocorrer no fornecedor”, comenta.
5 – Consulte o horário de funcionamento do suporte técnico – Cada empresa define o seu horário de funcionamento e cabe a ela definir se o horário do suporte do fornecedor é satisfatório. “Este item dependerá do tipo de negócio e do objetivo do projeto”, diz Rezende.
A necessidade do suporte 24h por dia é determinada pela demanda do próprio negócio e nem sempre é uma boa escolha. “Se a empresa atua somente durante o horário comercial, o suporte pode ser mais limitado e isso reduzirá o custo. Já as companhias que registram pedidos a qualquer hora precisam de um suporte adequado, mesmo que em regime de plantão”, alerta Rezende.
6 – Controle o acesso aos dados corporativos – As aplicações na nuvem oferecem segurança adequada quanto ao acesso aos dados de seus clientes e evita as invasões externas de usuários não autorizados, de acordo com Rezende. “Além disso, é possível definir diferentes níveis de permissão aos dados”, afirma.
Já a empresa que usará o serviço de computação em nuvem deverá ser responsável por controlar o acesso dos funcionários e determinar o nível de acesso aos dados de cada um deles.
“A companhia deve criar regras básicas de como as pessoas podem extrair informação da aplicação, pois pode acontecer de um colaborador mal-intencionado tentar divulgar o cadastro de clientes para um concorrente aproveitador”, diz o especialista.
7 – Invista na segurança dos dados – Ainda de acordo com Rezende, as empresas fornecedoras de serviços de computação em nuvem, na maior parte das vezes, contam com políticas de backup com a execução de testes e sistema de armazenamento que garantem a segurança e disponibilidade dos dados.
Porém, para evitar falhas, o especialista alerta que é muito importante que a infraestrutura da empresa que usará o serviço de computação em nuvem possua o mínimo possível de segurança. “Os equipamentos devem estar licenciados e atualizados, possuir software antivírus e firewall, além de a companhia gerenciar os usuários que podem fazer uso da aplicação”, diz.
8 – Tenha um plano de redundância de internet – Este é o principal pilar para quem usará soluções de computação em nuvem. “O acesso à internet é o principal requisito e é muito importante que este serviço esteja disponível o maior tempo possível”, afirma Rezende.
Segundo o especialista, as empresas se prejudicam ao adotar uma solução web sem planejar a redundância de acesso à internet. “Uma aplicação crítica hospedada na nuvem pode fazer toda a empresa parar se não houver conexão”, diz Rezende.
A solução seria contratar mais de um plano de internet. “Hoje, o acesso à web custa pouco e ter dois provedores ligados a um balanceador de carga é fundamental para que a companhia não corra o risco de ficar offline inesperadamente”, comenta.
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